Tiroteio entre PM e suspeitos faz seis mortos em Parada de Taipas, zona norte de São Paulo

Quatro testemunhas que presenciaram o tiroteio que terminou com seis mortos no bairro Parada de Taipas, zona norte de São Paulo, relataram os momentos de terror que viveram nesta madrugada, durante a intensa troca de tiros entre policiais e assaltantes que tentaram arrombar caixas eletrônicos do supermercado Compre Bem da avenida Elíseo Teixeira Leite. O supermercado fica em frente ao Hospital Geral de Taipas e ao lado do 74º Distrito Policial.

Por motivos de segurança, as testemunhas preferiram não se identificar. Uma funcionária do hospital disse que ao começarem os tiros, cada um se escondeu onde era possível. "Eu estava trabalhando no hospital. Quando deu 3h da manhã começou a dar aqueles pipocos, aquelas bombas. Quando a gente foi ver, eram os policiais atirando. Durante a correria, os policiais começaram a invadir o hospital, para ver se algum bandido tinha se escondido aqui. Deu muito medo", disse.

Além do Peugeot onde morreu um suspeito baleado, a polícia localizou
mais três veículos que teriam sido utilizados na ação criminosa

Como o supermercado fica em uma área baixa da avenida, os moradores de uma rua paralela, que fica acima do nível do mercado, puderam observar toda a movimentação. Uma das casas teve a janela quebrada por tiros.

"Meu pai saiu para fora para arrumar a antena. Ele viu os ladrões entrarem e logo depois começar o tiroteio. Foi feio mesmo. Quem começou foram os bandidos. Era tiro para cima e para baixo, até que um tiro acertou a janela e a gente ficou toda deitada no chão. Comecei a chorar, as crianças também. Nunca achei que ia passar por isso", disse uma moradora.

Outra disse que acordou com os tiros e os policiais correndo em frene à sua casa. "Era um barulho muito forte. Aí eu imaginei que deveria estar havendo um assalto no Compre Bem. Estava com meus filhos e pedi para saírem da janela. Vai que vem algum tiro perdido, né?"

Um garoto que ouviu os tiros disse que a cena lembrava barulho de fogos de artifício."Era muito tiro, um clarão forte. Dá muito medo", afirmou.

Fonte: Terra Brasil